- Evolução na vida a partir das insatisfações
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Não criei metas de ano novo
#020 - Uma visão de longo prazo e um olhar para o que me irrita tem sido meu plano
Quinta-feira, 9 de janeiro de 2025. 12:48 p.m.
Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.
Estava assistindo um vídeo do Elton Luiz, uma pessoa que fala sobre negócios digitais, e me veio um insight sobre como tenho evoluído ao longo do tempo, e espero que sirva para você também.
Insight:
Ter uma visão de longo prazo ajuda, mentalizar traz motivação. Porém, a insatisfação com a vida atual é o gatilho que move em direção a uma vida melhor.
Anotei na minha “Segunda Mente”, meu sistema analógico de notas e organização de ideias (se quiser saber mais, clique aqui).
Defendo que uma forma bem prática de se guiar pela vida é ter uma visão clara do seu “eu do futuro” e uma observação atenta ao seu “eu do presente” e as insatisfações que aparecem no caminho.
Uma vez que a visão do futuro esteja clara, a cada momento pequenas evoluções no seu presente farão você chegar lá. Obviamente mudanças acontecem e podemos rever essa visão a cada ano ou período desejado.
O eu do futuro
Criar o seu eu do futuro, pensando no momento da sua morte, é a melhor forma que encontrei para motivar e visualizar o caminho.
Imagine o dia da sua morte e pense:
O que estão falando de mim?
Quem são as pessoas que estão?
Como gostaria de ser lembrado?
Como estou fisicamente?
Eu gosto de uma forma lúdica de representar a sua visão de vida. Um mural (pode ser físico ou online) com fotos que representem essa vida ideal.

Meu exemplo atual, usando o site miro.com
As metas vão e vem, mas essa visão dificilmente deve mudar muito. Imprima ou deixe em um local que possa facilmente revisitar.
O eu do presente
Certamente você está longe em alguns aspectos desse “eu do futuro”. E essa dissonância entre o estado atual e o estado desejado começará a gerar insatisfações. Pode ser o emprego, os relacionamentos, a saúde física ou financeira…
Ainda assim, mirar no futuro e criar planos, mesmo que conectados à visão, podem estar com alicerces frágeis. Pode ser que nosso cerebro racional não saiba de fato o caminho a seguir.
Defendo um caminho mais evolutivo e menos prescritivo do que criar metas, planos e grandes objetivos - a observação atenta das lições que a vida apresenta.
Uma tensão é uma divergência entre o estado atual e o estado desejado.
Todos os dias algo te irrita. Todos os dias a vida apresenta alguma lição. Gosto da ideia da Lucia Helena Galvão que “a vida é toda pedagógica”, e se houvesse algum pedaço da vida que não fosse, ele seria retirado, pois não teria sentido.
As irritações do dia a dia são a faísca para esse eu do futuro. Observe atentamente o que causa irritação em você, esse é o primeiro passo para criar o seu eu do futuro.
Coloque-se como observador e jornalista da sua vida. Torne-se cientista da sua própria evolução.
O primeiro passo é a consciência da irritação, pois pode ser que esteja reagindo sem saber dos seus sentimentos internos. A cada momento que algo estiver causando irritação perceba isso apenas, sem julgamento. Perceba o sentimento vindo, peça apoio para pessoas que vivem com você…
O segundo passo é observar com curiosidade e sem julgamento: “Olha, estou irritado, o que pode ser? Sono talvez? Fome? Ou a forma como uma pessoa falou? A espera desnecessária para algo?”
Uma vez que tenha clareza dessa insatisfação, pense consigo: “o que posso fazer para mudar”? Lembre que não é culpa sua o que acontece com você, mas é sua responsabilidade escolher como agir.
E, obviamente, agir. A menor ação que coloque em movimento. O movimento irá trazer o caminho, os planos são bons, mas é o caminhar que importa.
Há muito o que falar sobre esse processo, mas por hoje quero apenas trazer luz para esses dois passos (1) saber que há algo irritando você e (2) ter curiosidade sem julgamento para analisar o que pode ser.
Conseguir observar isso já é um grande avanço e merece uma celebração. Grande parte das pessoas vive a vida no automático, e, quando algo aborrece tende a culpar o mundo, o outro, sem buscar assumir a responsabilidade pela resposta.
Essa curiosidade sobre si é um poderoso gatilho para evolução.
Faz sentido? Qual foi a última vez que algo incomodou e você deu um passo, mesmo que pequeno? Me conte aí que adorarei saber.
Um abraço,
Pedro.
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