Edição #003

Na última edição o título foi “O universo falou comigo”.

Mas como assim? Parece que é algo de pessoas especiais ou uma ação passiva: “estava deitado no sofá e recebi um sinal”.

Não é bem assim, né.

Eu gosto muito de ver Porta dos Fundos (ok, pode me julgar 😄). Estava assistindo um e a sátira era com pessoas que acreditam que “é só pensar positivo e o caminho vai dar certo”.

Obviamente não é só mentalizar, você precisa agir.

Hoje quero reforçar um ponto que, se a linguagem da vida são os sinais, a escrita é feita pela ação.

Não espere por sinais

A Lucia Helena Galvão comenta no vídeo sobre sincronicidade que, em algum momento no passado, um aluno a procurou dizendo que estava com dificuldade em se recolocar no mercado.

Esse aluno então recebeu uma oferta de emprego e recusou! 

Ao ser perguntado o porque da decisão ele explicou sobre “sinais”. Segundo ele foi à janela e viu borboletas amarelas, que são sinônimo de liberdade. Concluiu então que deveria não aceitar.

Obviamente aquilo não era um sinal.

Minha leitura é que fazemos um diálogo com o universo e não um monólogo apenas recebendo os sinais e executando.

Você pode até conversar, orar, mentalizar, mas é pela ação que a conversa se completa.

É a ação que gira o motor celeste e coloca a inteligência da vida a nosso favor.

Não espere por sinais, comece a agir.

Se quiser compreender, aja

Gosto de uma frase do Alessandro Mecle que fala que a fórmula básica da vida é: repita o que funciona.

Se teve uma coisa olhando para trás que funcionou para mim foi agir.

Não o agir repetitivo e automatizado do dia a dia. Mas sim aquele agir diferente, que responde a algum impulso, até de um desconforto. Não agir é muito mais cômodo, mas não fará você evoluir.

Dar um passo diferente, se permitir ter um comportamento diferente. Pode ser tão pequeno quanto enviar uma mensagem para alguém, ter uma conversa, estar presente ouvindo.

Não é a ação em si, mas a direção dela, que muda levemente a rota do dia a dia.

Eu não tenho tatuagem, mas se um dia desse vontade de fazer essa seria a primeira candidata.

Por muitos anos me perdi em livros, pensamentos, assuntos internos na minha cabeça.

Esse lugar do pensamento, do plano, mental e conceitual, é algo confortável para mim.

Mas compreendi - a duras penas eu acho -, que é no campo do fazer que a vida acontece.

Na relação com o outro e na ação imperfeita.

Se quiser compreender, do mundo e de si, se ponha a agir.

Portanto, não espere sinais para agir. Comece a agir e fique atento aos sinais.

Faz sentido?

Até o próximo domingo!

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